O presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, destacou, esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que decorreu no salão nobre da autarquia, que a adesão do município ao passe único e a sua entrada em vigor terá ganhos acrescidos para os agregados familiares que usem os transportes públicos.
Na sua intervenção, o autarca destacou que o passe único irá funcionar de forma faseada, sendo que nalguns transportes e empresas com linhas que operam no concelho de Paredes o passe único só irá entrar em vigor no dia 1 de Maio, caso das empresas Auto Viação Pacense, Albano Esteves Martins.
No que toca à empresa Valpi Bus – Alberto Pinto, a operadora com mais linhas em Paredes, o passe único irá funcionar de imediato em regime monomodal e a partir do dia 1 de Maio em regime intermodal.
“Só em Março é que o zonamento foi aprovado, o que fez com que a entrada em vigor do passe único no concelho de Paredes e noutros municípios seja feita de forma mais faseada. Quanto aos comboios, transporte onde haverá mais adesão ao passe único, começa já a funcionar de uma forma intermodal, isto é, o passe pode ser usado em diferentes meios de transporte público, metro, autocarros, da Área Metropolitana do Porto”, disse.
Nos transportes rodoviários, a partir do dia 2 este mês já estará a funcionar o passe único para as empresas Valpi, RodoNorte e na Gondomarense, funcionando nesta fase e até ao dia 1 de Maio de forma monomodal.
“O que é que isso significa? Significa que uma pessoa que apanhe o autocarro da Valpi em Paredes , em Baltar ou Gandra já vai poder beneficiar das diferenças de preços a partir do dia 2 só com um passe ou um andante monomodal, isto é, só funciona naquele operador. Se chegar ao Porto e quiser andar de Metro durante o mês de Abril não poderá fazê-lo porque o passe único só irá funcionar de uma forma monomodal. A partir do dia 1 de Maio quer na Valpi quer nas demais operadoras já começam a funcionar tal como na CP de uma forma intermodal”, disse.
No caso das outras operadoras, da Albano Esteves Martins e da Auto Viação Pacense, que são dos mesmos proprietários, a adesão ao passe único só irá funcionar a partir do dia 1 de Maio devido a atrasados verificados no software.
“A partir do dia 1 de Maio o passe na Pacense irá funcionar na forma intermodal. Na Albano Esteves Martins, o processo está mais atrasado, os utilizadores desta empresa poderão passar a tirar passe monomodal e depois passar a intermodal devido ao tal atraso com o software. Em todos os outros operadores a partir do dia 1 de Maio já teremos o funcionamento intermodal”, destacou.
Falando dos efeitos práticos da adesão ao passe único, o autarca paredense atalhou que os descontos são significativos seja na ligação aos restantes concelhos que integram a Área Metropolitana do Porto, seja nas ligações dentro do município.
“No caso da Albano Esteves Martins, a ligação Rebordosa/Porto, neste momento custa 83 euros a partir do dia 1 de Maio passará a custar 40 euros. Uma pessoa que se desloque de Sobrosa para o Porto paga actualmente 101 euros e passará a pagar 40 euros, pelo que as poupanças mensais que os agregados passarão a ter são deverás significativas”, confirmou.
O autarca esclareceu, também, que mesmo dentro do concelho, as poupanças serão significativas.
“Uma pessoa que venha de Beire para Paredes e opte pela Auto Viação Pacense, paga neste momento, 50 euros e irá pagar a partir do dia 1 de Maio 30 euros., o que significa uma poupança de 20 euros por mês. Se se deslocar para Vilela, neste momento, paga 50 euros passará a pagar 20 euros”, sustentou.
No caso da Valpi, empresa que tem mais carreiras em Paredes, o chefe do executivo manifestou, igualmente, que as poupanças serão significativas.
“uma pessoa que se desloque de Baltar para o Porto, neste momento, paga 90 euros e irá passar a pagar 40 euros, de Gandra para o Porto paga 82,90 e passará a pagar 40 euros, de Paredes para o Porto, pagava 90 passa a pagará 40. Mesmo dentro do concelho os passes que custavam 50 euros e 40 euros descem para 30 euros”, disse.
No que toca CP, dentro da Área Metropolitana do Porto, o custo do passe será sempre de 40 euros.
Respondendo a uma pergunta de um jornalista sobre o eleitoralismo ao passe único, Alexandre Almeida esclareceu que no Conselho Metropolitano todos os colegas expressaram que a medida é justa, esclarecendo que a comparticipação é da responsabilidade do Governo e da Área Metropolitana do Porto, sendo que neste caso são os municípios que terão de a assumir.
“Esta medida tem como objectivo retirar viaturas e combater a poluição nos grandes centros urbanos e quer o Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos estão conscientes que a comparticipação que terão de fazer no futuro terá de ser superior à de municípios como Paredes, Valongo e Gondomar”, avançou, salientando que o concelho de Paredes estaria disponível a pagar um pouco mais de 37, 500 euros por ano, tendo em conta o impacto que esta medida representa para as famílias do concelho.
“Uma pessoa que ganhe o salário mínimo nacional ou pouco mais do que o salário mínimo nacional, o aumento que possa ter tido nestes últimos dez anos, com esta medida vai ter uma poupança superior à que teve com esse aumento do salário mínimo nacional nestes últimos anos. Uma pessoa de Gandra que vá para o Porto e que pagava 120 euros mensais passa a pagar 40. Vai ter um aumento de rendimento disponível de 80 euros. É uma medida social com impactos a vários níveis”, assumiu.